sábado, 29 de setembro de 2007

War Of The Shaolin Temple [1980]


Aka: 13 Poles From Shaolin, Monks Go Crazy.
Diretor: David Lin Ta Chao
Diretor(es) de ação: não especificado.
Elenco: Alan Chui, Mark Long, Shum Hoi Yung, Ricky Cheng Tien Chi, Chiang Sheng, Chang Chi Ping, Chai Kai, Wong Chi Sang.


Seguindo a melodia da “Música dos Dedinhos”, da ex-possível quase futura musa infantil Eliana:


"Come and get it! Come and get it!

Clin, clin, clin! Clin, clin, clin!
What if they are broken? What if they are broken?
You’ll have no wine! You’ll have no wine!"



No final da Dinastia Sung, os Jins invadiram a capital e seqüestraram o Imperador. O patriota rebelde Chen Hai (ator desconhecido), rouba o selo do Imperador das mãos dos inimigos e agora ele passa a ser perseguido por eles. O general Jin (Alan Chui) vai até o Templo Shaolin pedir a ajuda do abade (Mark Long) e dos “12 Pole Monks”, mas o abade se recusa a tomar parte de quem quer que seja. Embora muito eficiente, essa formação de monges precisa de 13 pessoas para que tenha uma eficácia máxima e o abade, mesmo sendo simpático à causa do rebelde fugitivo, teme pelo futuro de seus discípulos e claro, pelo futuro do próprio Templo.


Chen Hai, gravemente ferido, é socorrido por uma moça (Shum Hoi Yung) e a família dela oferece abrigo ao rapaz, mas não demora muito e as tropas do general chegam até eles. Chen Hai foge com a garota para o Templo Shaolin e os irmãos dela (Chiang Sheng e Cheng Tien Chi) junto com o pai (Chang Chi Ping) são mortos pelos inimigos.


O abade não quer que o fugitivo fique escondido no Templo, mas Chen Hai precisa agora não só salvar a vida do Imperador mas também vingar a morte da família da garota e para isso ele precisa aperfeiçoar o seu kung fu. Para poder permanecer no Templo Shaolin e aprender o kung fu, ele resolve virar monge, mas todo esse aprendizado não será suficiente contra o general inimigo. Ele é aconselhado a procurar um monge louco (Chai Kai), que vive numa caverna, dono de grandes habilidades. Mas o velho monge é muito excêntrico e convencê-lo não será nada fácil. Quem quiser aprender kung fu com ele terá de agüentar 50 golpes. Chen Hai vai aos poucos “conquistando” a confiança do monge maluco e ao invés de 50, ele consegue negociar o treinamento por 25 golpes. “Negócio da China” mesmo, hehe.


Agora, os “12 Pole Monks” não são mais 12, e sim 13, com Chen Hai incorporado ao grupo. O general dos Jins dá um ultimato ao abade: ou ele entrega o fugitivo ou o Templo Shaolin será destruído…e o que vem na seqüência é uma das mais lindas lutas finais já concebidas em um filme de kung fu.


Bem, War Of The Shaolin Temple é obscuro o bastante a ponto de não sabermos nem o nome do protagonista, nem dos coreógrafos. Algumas fontes por aí apontam Cheng Tien Chi e Robert Tai como diretores de ação e outras acrescentam Wong Chi Sang à dupla. O fato é que possível reconhecer o estilo de cada um deles e pela qualidade das lutas é bem possível que sejam eles mesmo. O protagonista é talentoso e carismático, aparenta ter sido campeão de Wushu em algum momento da vida e lembra bastante o Jet Li no início da carreira. Falando nele, WOTST é anterior em 2 anos ao primeiro filme da série Shaolin Temple de Jet Li e parecem haver algumas semelhanças entre as duas produções, tanto na abordagem como no tipo da personagem principal. Eu não conheço nenhum dos filmes da série, mas pelos trailers que andei assistindo as semelhanças são até consideráveis. Há quem diga que War Of The Shaolin Temple é superior em qualidade e que o protagonista é ainda mais habilidoso que Jet Li, o que aumenta ainda mais a minha curiosidade.

Nota: 9.0


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sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Fist Of Legends 2: Iron Bodyguards [1996]



Diretor: Robert Tai
Diretor(es) de ação: Robert Tai, Alexander Lo Rei, Lau Kar Wing.
Elenco: Jet Le, Todd Senofonte, Lu Feng, Robert Tai, Tien Feng, James Nam, Bolo Yeung, Tang Ching, Larry Lee Gam Kwan, Fang Mien, Chan Lau.

Chan Jun (Jet Le), da escola Ching Wu, foge de Shanghai depois de quase ser morto pelos japoneses e resolve bancar o andarilho, ensinando kung fu aos seus colegas patriotas por toda a China. Paralelamente, Dr. Sun Yat Sen (não sei o nome do ator), outro patriota, precisa ser escoltado durante uma missão e Chan Jun é convidado a ajudar. No caminho de Chan surge um lutador russo (Todd Senofonte), que quer testar suas habilidades além de, claro, melhorar o seu kung fu.

Fist Of Legends 2, como já deve ter dado pra notar, não tem absolutamente nada a ver com o Fist Of Legend de Jet Li. É uma combinação entre o filme taiwanês Return Of The Assassin (1973 - coreografias de Lau Kar Wing) e mais algumas cenas dirigidas por Robert Tai em 1996 que não chegam a ocupar nem 20% do filme. A parte nova foi gravada em apenas 4 dias e foi produzido por Toby Russell, fã e amigo de Robert Tai, além de co-fundador da empresa Vengeance Video.


Como eu já esperava, o filme é fraco e com uma história vazia, afinal, essa coisa de 2 ou 3 filmes em 1 nunca deu muito certo. O meu interesse maior em adquirir essa bomba estava na presença de Lu Feng, estranhamente senil pra quem só tinha 40 anos na época, e de Robert Tai, um pouco mais "conservado". Robert dá algumas pequenas demonstrações de kung fu, mas nada substancioso, e morre pouco tempo depois. Lu Feng é o treinador do jovem soviete e, para meu infortúnio, não luta nada e de uma hora pra outra some da história. O lado "porrador" do filme, entretanto, é bastante interessante. Robert Tai parece ter selecionado as melhores lutas do filme de 73, e também foi bem sucedido nas coreografias e na escolha do protagonista Jet Le, que é bastante habilidoso. Além do falso Jet Li, o filme conta também com a presença de Todd Senofonte (aka Van Damage), clone e dublê do Van Damme, só que muito mais talentoso que o original (talentoso no quesito “lutas”, eu quero dizer) e com a presença de um clone de Bruce Lee, um ator chamado Larry Lee Gam Kwang (que faz parte do elenco do filme de 73).


Nota: 4.0

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terça-feira, 18 de setembro de 2007

Invincible Shaolin [1978]



Aka: Shaolin Invencível, Unbeatable Dragon, North Shaolin Vs. South Shaolin, Shaolin Bloodshed.
Companhia: Shaw Brothers
Diretor: Chang Cheh
Diretor(es) de ação: Lu Feng, Robert Tai, Leung Ting.
Elenco: Lu Feng, Chiang Sheng, Sun Chien, Kuo Chui, Lo Meng, Wei Pai, Johnny Wang Lung Wei, Suen Shu Pau, Chan Shen, Niu Niu, Yau Chui Ling, Kara Hui, Dick Wei, Yeung Hung, Chui Tai Ping, Suen San Cheung, Cheng Miu, Wong Ching Ho.

Invincible Shaolin é anterior ao mega sucesso The Five Venoms (também de 78) e talvez possa ser considerado efetivamente o primeiro filme dos Venoms. Foi convencionado que Chinatown Kid (1977) seja o primeiro filme, mas em Chinatown dois deles têm participações muito pequenas (Chiang Sheng aparece pouquíssimo e Lu Feng mal dá as caras). Se bem que, com todos os cortes feitos pela Celestial, é bem possível que eles tenham tido aparições mais freqüentes do que aparenta. Eu também não me lembro de ter visto Wei Pai pelo filme e isso só corrobora a minha teoria “ultra revolucionária” (se eu estiver errada, alguém por favor me corrija). Wei Pai não esquentou muito o seu lugar de Venom, atuando em poucos filmes nos anos que se seguiram e o sexto Venom Chiang Sheng foi incorporado ao quinteto.



Os Manchus proibiram a prática de kung fu em toda a China mas o Templo Shaolin, graças à uma negociação feita na dinastia anterior (Ming), ficou de fora do embargo. Os Manchus, é claro, querem acabar com esse privilégio e subjugar os Shaolins, mas eles não podem fazer isso diretamente. Eles precisam que alguém faça o trabalho sujo e um general tem uma ótima idéia. Esse general (Johnny Wang Lung Wei) arma o seguinte plano: com a desculpa de treinar o seu exército, ele “pede” para que Shaolin do Norte e Shaolin do Sul enviem cada um 3 discípulos para que eles sejam os chefes do exército. Eles enviam por livre e espontânea pressão os seus alunos, só que os do Sul não sabem que os do Norte foram convocados e vice-versa. O general então sugere que haja um duelo amistoso entre os 6 para que seja decidido o posto.


Bao Shanxiong (Lu Feng), Xu Fang (Sun Chien) e Yang Zhongfei (Chiang Sheng), os discípulos do Norte, ganham o duelo. Os do Sul, portanto, tem de ir embora, mas antes disso o general faz uma visitinha à eles. O general mata os 3 e aí vem o arremate final do plano diabólico: ele coloca a culpa em cima dos rapazes do Norte de modo a despertar o sentimento de vingança em Shaolin do Sul, culminando numa guerra entre as escolas. Assim, os Manchus livram-se da pedra no sapato sem sujarem as mãos.


Mai Qi (Chan Shen), mestre dos que morreram, envia mais três alunos, desta vez para um duelo de vida ou morte contra os falsos assassinos. Bao, Xu e Yang ficam surpresos e não conseguem entender como os seus desafiantes morreram já que eles não lutaram pra valer, mas aceitam o desafio. Agora sim, os do Norte matam os do Sul e está instalado o caos. Mai Qi fecha sua escola, convoca 3 lutadores e envia cada um a um mestre diferente. Ah Feng (Wei Pai), seu filho, ele manda ao mestre Liang - O Jardineiro (Wong Ching Ho), com quem vai aprender o Yongchun (Wing Tsun, eu acho). He Yingwu (Kuo Chui), irá ficar com ele mesmo e aprenderá técnicas de bastão e acrobacias. Por fim, Zhu Zhangcheng (Lo Meng) irá aprender com mestre Zhu – O Lenhador (Cheng Miu) a estilo do Louva-a-Deus. Mai Qi sabe que para derrotar as técnicas invencíveis de Shaolin do Norte é preciso as técnicas invencíveis de Shaolin do Sul. Ah Feng vai aprender o Yongchun para neutralizar os chutes poderosos de Xu Fang; He Yingwu vai aprender acrobacias para assimilar os movimentos de Yang Zhongfei e Zhu Zhangcheng, com a grande força adquirida com o Louva-a-Deus, irá lidar com os Punhos de Ferro de Bao Shanxiong.


Os mestres do Norte continuam muito desconfiados com tudo que aconteceu e começam a investigar. Nesse período, eles se encontram por acaso com os mestres do sul e surge uma grande amizade entre eles, principalmente entre Bao e Zhu Zhangcheng. Essa amizade, porém, não vai evitar a catástrofe e culminando num final indescritível, saberemos quem são os invencíveis de Shaolin!


O foco quase excessivo nos treinamentos de Shaolin do Sul é o ponto forte do filme e ficamos sabendo um pouco sobre a história de cada estilo, acompanhando passo a passo a evolução dos alunos. Alguns alívios cômicos se fazem presentes, como nas cenas dos mestres do Norte com suas namoradas e nas punições que os mestres do Sul recebem quando fazem algo de errado. O lado dramático também é bem explorado e a cena de Chan Shen, em prantos, fazendo com que os mestres do Sul jurem vingança diante dos caixões dos que morreram é bastante emocionante. Quando eu assisti a esse filme pela primeira vez eu não tinha gostado do desfecho, achei meio aleatório, mas depois de assistir mais vezes eu mudei de opinião e acho que entendi o que Chang Cheh quis passar com aquilo (se é que ele quis passar alguma coisa), não restando absolutamente mais nenhuma reclamação a fazer. Pensando bem, eu tenho uma sim: por que diabos não colocaram o Lu Feng no pôster?! Que horror!

Nota: 10! (meu 2º filme favorito da lista dos Venoms!)


[Trailer]


Lo Meng - Southern Praying Mantis
[treinamento]


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